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   O papel de Maria na história da salvação é extraordinariamente simples e essencial. Maria esteve sempre presente. Sem alardes. Sem estardalhaços. Chorou a dor do seu filho. Esperou por sua volta junto aos apóstolos, os mesmos que haviam negado e abandonado Jesus. Não guardou ódio, não falou desnecessariamente sobre a traição. Maria guardava, em seu coração, a missão que se confirmou quando, na anunciação, ela proclamou: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em segundo a Tua palavra" (Lc 1,38).

   Maria é a escolhida e como tal é intercessora privilegiada. A mãe já traz em si o Ágape. O a,or sem limites. O amor que não exige retribuição.

   Há uma linda história real retratada em um filme chamado O óleo de Lorenzo. Um menino aos oito anos de idade começou a desenvolver os sintomas de uma rara doença, a ADL.[1] Os pais, quando ficaram sabendo do diagnóstico do filho, não se conformaram e começaram a travar uma batalha contra a ciência, ou a favor dela, para não desistir da vida do filho. A mãe fez de tudo para cuidar da criança que, aos poucos, foi ficando paralítico, cega, surda e incapaz de se comunicar. O amor foi maior que as limitações. Os pais estudaram mais do que os médicos.

[1]ADL: a adrenoleucodistrofia é uma doença genética rara que afeta o cromossomo x. (N. E.)

 

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